segunda-feira, 22 de setembro de 2008


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Solta no vento deste início de primavera, m’alma sobrevoa lugares jamais imaginados e, por isso, tão intrigantes!
Meus pensamentos ainda aprisionados tentam uma fuga pela fresta da linha invisível e cruel que eu mesma vacilei em criar na confusão que fiz ao focar-me equivocadamente.
Seria crueldade me crucificar por ter me aprisionado todos estes anos?

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Mas agora tudo está tão calmo! Sem barulho de carro!
Sem aquela voz que tira meu sono dizendo-me coisas insensatas e tão sem propósito...
Fui pra tão longe que não sei se quero voltar...
Seguir adiante como faz os pássaros migrando sempre quando necessário é um risco que estou a fim de correr...
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Já não sinto medo.
Já não sinto mais nada pra ser sincera.
Só desisti de algumas coisas que nem sei se eu queria mesmo!
Dei uma varrida nos meus desejos de satisfazer um ego ainda tão mortal!
Tão sem sentido!
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Amo este cheiro de flores no ar...
Só não me pergunte de onde vêm...
Sou extremamente leiga nestes assuntos metafísicos...
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(Daniela Borali)
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