“Ah não!
Não me venha com essa rosa vermelha,
Quase alegre,
Meio murcha,
Que não esconde espinho,
Pedindo perdão,
Fingindo redenção.
Pára com essa história de que somos iguais,
Que as diferenças já eram,
Direitos adquiridos,
Casa, trabalho, filho, marido.
Não me venha com comemoração
Que eu não engulo essa, não.
*
Pois ainda ganho menos
Ainda sou produto
Quando apanho, devo ter dado motivo
E se peço proteção, acabo na prisão.
*
Vamos falar a verdade?
Você não me conhece
Nunca percebeu que eu tenho identidade
E meu pensamento vai muito além do seu outdoor
*
Cuidado capital, a casa caiu.
Seu império está por um triz
Nossa vingança é ser feliz!
*
(Mayse Lepique)
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