quinta-feira, 9 de julho de 2009

Gargalhada


Homem vulgar! Homem de coração mesquinho!
Eu te quero ensinar a arte sublime de rir.
Dobra essa orelha grosseira, e escuta
o ritmo e o som da minha gargalhada:
*
Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Ah! Ah! Ah!
*
Não vês?
É preciso jogar por escadas de mármores baixelas de ouro.
Rebentar colares, partir espelhos, quebrar cristais,
vergar a lâmina das espadas e despedaçar estátuas,
destruir as lâmpadas, abater cúpulas,
e atirar para longe os pandeiros e as liras...
*
O riso magnífico é um trecho dessa música desvairada.
*
Mas é preciso ter baixelas de ouro,
compreendes?
— e colares, e espelhos, e espadas e estátuas.
E as lâmpadas, Deus do céu!
E os pandeiros ágeis e as liras sonoras e trêmulas...
*
Escuta bem:
*
Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Ah! Ah! Ah!
*
Só de três lugares nasceu até hoje essa música heróica:
do céu que venta,
do mar que dança,
e de mim.

(Cecília Meireles)

Um comentário:

  1. “Se é que minha opinião importa, nunca é tarde demais para ser quem você quer ser.
    Não há limite de tempo, comece quando você quiser.
    Você pode mudar ou ficar como está não há regras para este tipo de coisa.
    Podemos encarar a vida de forma positiva ou negativa, espero que encare de forma positiva.
    Espero que veja coisas que surpreendam você.
    Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes.
    Espero que conheça pessoas com um ponto de vista diferente.
    Espero que tenha uma vida da qual se orgulhe.
    E se descobrir que não tem, espero que tenha forças para conseguir começar novamente.”
    Benjamin Button

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