terça-feira, 1 de setembro de 2009

“No dia em que fugimos tu não estavas em casa”

 
Ainda não me esgotei, ainda aqui estou, ainda não saí de ti, estou aqui, agora, com uma persistência velhaca, a contar-te histórias muito antigas como aquela que quase aposto já não te recordas. A história da menina que pensava não saber amar, pois lhe tinham dito, na sua tenra idade, que o amor é coisa de graúdos, de idade adulta, a que nunca chegaria com o seu olhar infantil. O mesmo olhar, que tratou com cuidado as pequenas coisas a que se foi dedicando na esperança de que um destes dias o amor lhe aparecesse. E o amor não vinha nem dava sinais, porque já lá estava. Porque o amor não aparece, nasce, da mesma forma que não morre, mas se esgota. E então um dia percebeu que o amor era aquilo, uma coisa muito simples, nada complicada, uma desilusão até, com tudo aquilo que lhe haviam dito. E então, percebeu logo ali, que sempre tinha amado embora não soubesse. E que sempre tinha sido muito feliz embora não gozasse a plenitude dessa felicidade porque pensava que havia uma outra, outra versão da mesma coisa. E que sim, sempre fora realizada, embora julgasse que essa realização só seria absoluta com a existência desse amor que não vinha. E o amor, de fato, nunca veio, porque já tinha nascido, com ela, sem que, no entanto desse conta.
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(Fernando Alvim)

Um comentário:

  1. Não quero alguém que morra de amor por mim...


    Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.


    Não exijo que esse alguém me ame como eu a amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.


    Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...


    Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento será inesquecível...


    Só quero que meu sentimento seja valorizado.
    Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...


    E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.


    Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.


    Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...


    Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.


    E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.


    Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...


    Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.


    Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.


    Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...


    Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.


    Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ela é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros...


    Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.


    Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.


    (Mario Quintana)

    PS:Que esta semana seja repleta de muita saúde, alegrias, felicidades e realizações.
    Beijos e muitooooos beijos
    Armando

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