quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Queria tanto acreditar...

Tudo é vaidade neste mundo vão...
Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração!
Até o amor nos mente, essa canção
Que o nosso peito ri à gargalhada,
Flor que nascida e logo desfolhada,
Pétalas que se pisam pelo chão!...
Beijos de amor! Pra quê?!...
Tristes vaidades!
Sonhos que logo são realidades,
Que nos deixam a alma como morta!
Só neles acredita quem é louca!
Beijos de amor que vão de boca em boca,
Como pobres que vão de porta em porta!...
*
(Florbela Espanca, Sonetos, pág. 35)

4 comentários:

  1. Muy bonito soneto, y profundo. BESOS.

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  2. Hola Daniela...excelente poema, lleno de matices...una historia de desamor que sabe a jazz...

    Un abrazo

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  3. Hola mis amigos Montse e Pepe,

    Gracias por la visita y los comentarios !!!!! Besos,

    Dani

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  4. OLÁ BELA E DOCE DANI!!! BELO POEMA, PORÉM UM TANTO QUANTO TRISTE... MAS AINDA ASSIM UM REAL. BJS MIL E QUE TD DE MELHOR VENHA DIRETO PARA TI.

    ARC EMERSON ALMEIDA

    " MEU ÂMAGO CONSTANTEMENTE
    ESTÁ SOBRE SUA SEDUÇÃO E AMOR
    POR ESTARES DENTRO DE MIM...
    MEU EXTERNO SEMPRE À QUEIMAR
    COM O VIÇO,
    QUE UM DIA ROUBEI DE TI. "

    ( ÀPHIOS ).

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