E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.
(Carlos Drummond de Andrade)
O LANCE É ASSIM...
ResponderExcluirCompreendi os seus apelos
(ainda que cheios de dedos)
para que eu ficasse
no meio passo,
falasse manso.
Mas, por instito,
talvez...
Contei até três
e desperdicei meu último
sorriso sonso.
São coisas da vida
em corda bamba,
com uma imensa balança
medindo
o medo e a coragem
de desafiar
o obscuro.
Cada um ama como pode.
Você ama com receios,
eu vivo em meio aos tiroteios.
Cada dia enfrento o terror
de temer acender a luz
para iluminar
as alternativas
quase impossíveis.
BEIJOS...
Bom fim de semana!