segunda-feira, 27 de outubro de 2008

“Quando percebi, estava olhando para as pessoas como se soubesse alguma coisa delas que nem elas mesmas sabiam. Ou então como se as transpassasse. Eram bichos brancos e sujos. Quando as transpassava, via o que tinha sido antes delas, e o que tinha sido antes delas era uma coisa sem cor nem forma, eu podia deixar meus olhos descansarem lá porque eles não se preocupavam em dar nome ou cor ou jeito a nenhuma coisa, era um branco liso e calmo. Mas esse branco liso e calmo me assustava e, quando tentava voltar atrás, começava a ver nas pessoas o que elas não sabiam de si mesmas, e isso era ainda mais terrível. O que elas não sabiam de si era tão assustador que me sentia como se tivesse violado uma sepultura fechada havia vários séculos. A maldição cairia sobre mim: ninguém me perdoaria jamais se soubesse que eu ousara. Ninguém me perdoaria se soubesse que eu sei o que elas são, o que elas eram.”
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(Caio Fernando Abreu)
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2 comentários:

  1. MINHA LINDA... QUANTA SAUDADES. DE TI, DO SEU CHEIRO...DO SEU OLHAR... DA SUAS MÃOS... DE LEMBRAR QUE TINHA JUNTO A MIM A MENINA-MULHER, MAIS LINDA E INTEGRA QUE JAMAIS DESCOBRI POR INTEIRO. TE AMO E, ESPERO QUE TD DE MELHOR VENHA SEMPRE EM SUA DIREÇÃO.
    ARC EMERSON ALMEIDA.

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  2. Olá meu querido... Fiquei feliz com sua visita... Com suas lindas palavras... Amo-te muito... Muito... Muito... Beijos de luz... ( Dαฑỉεℓα вoяαℓỉ )

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