domingo, 2 de agosto de 2009

Sou mistério!

 Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério.
A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.
*
(Lya Luft)

Um comentário:

  1. "Caminho nesta praia entre a areia e a espuma.

    A maré alta apagará minhas pegadas e o vento dissipará as espumas, mas o mar e a praia permanecerão para sempre".

    bjs e muuuitos bjs.
    Armando

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