sexta-feira, 28 de maio de 2010

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... De desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... Remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.

(Manuel Bandeira)

2 comentários:

  1. El desencanto, te deja decaido , y mal,y mas cuando aquella persona a la que tenias en un pedestal , te muestra como es en realidad.

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  2. Querida menina Daniela!

    Me encantei... lindo demais... sublime seus versos e cheio, alhás explodem sensibilidade.
    Hj, quando eu voltar do trabalho vou abraçar cada um dos meus cães: O Simba, o Fred e a Nick!
    Obrigada por tão bela lição de amor!!!
    Te amo!
    Bjs da Maura!

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