O homem comum não tem fantasia suficiente para imaginar o mundo diferente do que ele é. Ele aceita as condições da existência, conforma-se em viver uma vida limitada a sessenta ou setenta anos e depois desaparecer. Queixar-se sobre o estado das coisas seria histeria. Chamar a vida de mistério seria loucura. Pois tudo segue as leis da natureza. A realidade como uma única e contínua “lei da natureza”!
E de resto está tudo na mais perfeita ordem. Os vasos de flores estão no peitoril das janelas, as crianças dormem, e a Terra gira em volta do Sol.
Como se essas leis da natureza não fossem “misteriosas”.
Para o homem comum, elas não o são absolutamente. Para ele, as leis da natureza são uma extensão lógica das leis da família e da sociedade. Assim como a polícia patrulha as ruas, a ciência mantém a lei e a ordem da razão. E se em algum momento alguma coisa não estiver em ordem, resta então como última instância a razão rasteira dos reverendos.
O homem comum quer ter conforto. Quer comer e beber até não poder mais, por toda sua vida. É como um tubo pelo qual a vida passa, até que um dia ele se vira de costas e, farto da vida, entrega seu espírito.
(“O Pássaro Raro”, Jostein Gaarder)
Um homem comum não merece uma menina linda como você!
ResponderExcluirPor isso tenho me esforçado tanto!!!
Ainda espero!