“Que é loucura: ser cavaleiro andante
ou segui-lo como escudeiro?
De nós dois, quem o louco verdadeiramente?
O que, acordado, sonha doidamente?
O que, mesmo vendado,
vê o real e segue o sonho
de um doido pelas bruxas embruxado?
Eis-me, talvez o único maluco,
e me sabendo tal, sem grão de siso,
sou – que doideira – um louco de juízo.”*
ou segui-lo como escudeiro?
De nós dois, quem o louco verdadeiramente?
O que, acordado, sonha doidamente?
O que, mesmo vendado,
vê o real e segue o sonho
de um doido pelas bruxas embruxado?
Eis-me, talvez o único maluco,
e me sabendo tal, sem grão de siso,
sou – que doideira – um louco de juízo.”*
(Carlos Drummond de Andrade)
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